domingo, 19 de dezembro de 2010

Valor do amor.

Amor, o sentimento mais complexo e inexplicável, único que não deveria ter-se tornado tão volúvel transformou-se em algo efêmero. Amor não é como nas novelinhas, ou cinema, que o retratam como algo simples bobinho e levado, até, perto do que realmente é.
O amor é uma das coisas mais intensas, capaz de fazer uma pessoa, seja qual for aceitar outra da forma que for, com seus defeitos e suas qualidades. 
Antigamente amor era levado a sério de verdade, não era-se compelido que um dissesse ao outro qualquer coisa. Um "Eu amo você" era de de tal impacto que nem mesmo os casados, depois de anos falavam, era de extrema deferência.
Mas, fora tão banalizado que até as amiguinhas do colégio que se conheceram a uma semana, fizeram alguma coisa abobalhada juntas já dizem "Eu amo você miga", sem que nem amigas podem se dizer, talvez colegas. Acho muito engraçado, aquelas pessoas que namoram fulano um dia, em seu subnick já está " Eu te amo, Ciclana, você é minha vida, é eterno", já no outro diz está " Festarrr (8) Beber (b) solteiro sempre ". Sem brincadeira, isto é algo que me revolta ao extremo. 
O Eu te amo virou quase um 'Bom Dia' para aqueles que capaz de nem amar ninguém. Com esta sociedade atual e insegura, com as 'ficadas' o adultério tornou-se deveras comum também, apenas o que realmente teme perder a pessoa, que a ama não tem a "necessidade" de fazer tal coisa. Gostar, estar a fim, ou apaixonado, amor platônico apenas não é amar, no caso de estar a fim, amar platonicamente é carência. Não se tem o direito de dizer tais palavras tão fortes. Alguns casos sim, outros é tão fraco que chega a desanimar apenas de ver tal ato. 

O que deveria ser forte, impactante, denodo, afamado, espantoso e honroso já não passam por frívolas palavras comuns, levadas como um objeto. A palavra amor não deveria ser usada por pessoas superficiais que mal o conhecem. 
Mas, algo que me frustra é, e quem ama de verdade? Como fica? Será que o outro realmente sentira intensidade nestas palavras tão banalizadas? Com este produto que o amor se tornou, seria possível amar realmente? 
A medida que o tempo passa, eu desacredito mais na humanidade, não no sentimento.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Juventude.

Algumas vezes eu desejo estar a uns trinta anos atrás, quando resolvo olhar ao meu redor e ver o que acontece com o mundo atual. Não estou falando de política, de fome, greves, guerra, estou olhando para os meus 'semelhantes'. Sim, os jovens de hoje. Um tipo engraçado são os "pseudo-punks". Tudo bem usar camisetas do Sex Pistols ou Ramones, os punks da época, ou curtir o estilo. Mas acho engraçado os tais "punks" revoltados com a sociedade, escolas, pais. Tudo bem que, moramos em um país com muitos problemas, mas, o punk é nacionalista e eles usam as roupinhas da Inglaterra, picham coisas como ' V1D4 L0K4, anarkia' e sem uma ideia produtiva para se intitular punk. Voltando ao assunto, além de tais jovens revoltados, existem as garotas novas, que adoram usar e abusar roupas indecentes ainda jovens, provocar, sair, beber e fazer coisas que, na sua idade antigamente, as meninas brincavam de boneca ou iriam estudar para ter uma vida digna. O que mais acho engraçado, é que, estas mesmas meninas, depois que contraem doenças, têm filhos aos 13 anos ou ficam com má fama querem se achar no direito de reclamar que não acham o homem certo, ninguém que as dê o "tão merecido valor". As mulheres mais velhas, criadas em outra época procuram uma intelectualidade, alguém digno ou não apenas casual, e as garotas novas, no início de sua puberdade ou antes disso, influenciadas por mídia - algumas cantoras como Britney que usa roupas curtas e fica rebolando achando que está arrasando, amigas, entre outras coisas querem 'aproveitar' esta liberdade que agora é praticamente dada pelos pais.Liberdade também é levada ao pé da letra, pois liberdade é fazer o que convém, é ter a responsabilidade para assumir seus atos e erros, e não fazer qualquer coisa que vier à cabeça. Mas, o problema que acho nisso é a falta de conversa dos pais, de alerta e também uma falta de autoridade, exemplo da falta de hierarquia. Os pais estão tentando ser amigos dos filhos com medo da revolta na adolescência, que algumas vezes é normal - se não for exagerado, pois é uma época de descobertas, mas, os jovens de hoje acham que 'a melhor fase da vida' se resume em sair, beber e fazer coisas bobas para impressionar seus semelhantes e não compreendem que esta época é boa para absorver mais conhecimento também. Isto gera esta juventude atual que não condiz com a idade. Eu acabo me decepcionando com tal coisa. Um Brasil repleto de jovens intelectuais, críticos ainda estão em seus sonhos.